Mulher m0rre após sintomas de olho de peixe. Entenda como pode ser peri…Ver Mais

Um caso recente chamou a atenção da população e acendeu um alerta entre profissionais da saúde: uma mulher m0rre após apresentar sintomas descritos como “olho de peixe”. Embora o nome pareça inofensivo ou até folclórico, ele pode indicar condições graves que exigem atenção médica imediata. Mas afinal, o que significa o tal “olho de peixe” e por que ele pode ser perigoso?

O que é “olho de peixe” no senso comum?

Na linguagem popular, “olho de peixe” pode ter significados diferentes, dependendo da região do Brasil e do contexto. Em muitos lugares, as pessoas usam essa expressão para descrever verrugas plantares — lesões causadas pelo vírus HPV, geralmente localizadas na sola do pé e com aparência que lembra um “olho” central, cercado por camadas de pele endurecida. Apesar de ser incômoda e contagiosa, essa condição é benigna e não oferece risco de morte.

No entanto, no caso noticiado recentemente, as pessoas usaram o termo “olho de peixe” para descrever uma alteração no olhar da paciente — olhos vidrados, imóveis ou com aparência incomum. Esses sinais podem estar relacionados a quadros mais sérios, como intoxicação alimentar ou doenças neurológicas. Por isso, é importante entender que “olho de peixe” não representa um diagnóstico médico, mas sim uma expressão popular que pode esconder doenças graves.

Síndrome de Haff: uma possível causa

De acordo com relatos, a mulher apresentou sintomas como náuseas, vômitos, dores musculares intensas, alterações visuais e confusão mental depois de consumir frutos do mar. Por causa desses sintomas, especialistas levantaram a hipótese de que ela pode ter sofrido com a chamada Síndrome de Haff, também conhecida como doença da urina preta.

Essa síndrome rara se relaciona ao consumo de peixes ou crustáceos contaminados por toxinas que resistem ao cozimento. Quando o organismo absorve essas toxinas, elas provocam rabdomiólise — uma destruição rápida das fibras musculares. Esse processo libera uma proteína chamada mioglobina na corrente sanguínea, que pode sobrecarregar os rins, causar insuficiência renal aguda e levar à morte, principalmente quando a pessoa não recebe atendimento médico imediato.

Como se prevenir?

As pessoas não conseguem identificar a toxina da Síndrome de Haff a olho nu, pois ela não altera o sabor, o cheiro ou a aparência do alimento contaminado. Por isso, a melhor maneira de se proteger envolve cuidados na hora de consumir peixes e frutos do mar:

  • Compre apenas em locais confiáveis, com inspeção sanitária e armazenamento adequado.

  • Evite consumir pescados quando as autoridades de saúde emitirem alertas de surtos.

  • Cozinhe bem os alimentos — ainda que, no caso da Haff, isso não elimine o risco por completo.

  • Ao perceber sintomas incomuns depois de refeições com pescado, procure atendimento médico imediatamente.

  • Informe aos profissionais de saúde o que foi ingerido, pois isso pode acelerar o diagnóstico e o início do tratamento.

A importância do diagnóstico rápido

O tempo de resposta é um dos maiores desafios nesses casos. Muitas pessoas interpretam sintomas como dores musculares ou náuseas como sinais de esforço físico ou virose. Essa interpretação equivocada pode atrasar o diagnóstico e comprometer o tratamento. Quando os profissionais de saúde identificam a Síndrome de Haff logo no início, eles conseguem tratar o paciente com hidratação intravenosa e monitoramento renal, evitando complicações graves.

O caso da mulher que m0rre após apresentar sintomas descritos como “olho de peixe” serve como alerta: nem toda expressão popular descreve algo simples. Por trás de termos do dia a dia, podem existir doenças raras e perigosas que precisam ser conhecidas e reconhecidas com urgência.

Veja aqui mais detalhes do assunto:


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima